Siga o seu coração!?
As saídas do coração, na mente, são os nossos pensamentos, ideologias, bondade, malignidade, etc. "Sobretudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida." (Provérbios 4.23). Uma coisa é sentir espiritualmente aquilo que vem de Deus, através de profetas sob o crivo e somente sob o crivo da própria Bíblia, outra coisa são as impressões internas do coração. Lembra-se que o coração é simplesmente um músculo, porém tem o significado judaico-cristão de âmago, da alma, da mente do homem, o centro diretivo das ações do homem. Mas, logicamente, o coração apenas responde a impetuosidades dos pensamentos da mente.
As impressões advindas do âmago, alma ou mente humana podem estar eivadas de enganos, equívocos, erros que, quando em vez, não tem como consertar, tamanho o estrago feito em diversas áreas da vida. Só o homem espiritual consegue discernir entre o divino e as impressões do coração. O famoso Albert Einstein disse um dia: – "[...] não é o poder explosivo de uma bomba de grande potência que nos assusta, mas o poder maligno do coração humano."
O Iluminismo e o Humanismo do séc XV a XIX, descrendo da Fé e da Igreja, trouxeram uma perspectiva voltada para a teoria de que o homem está no centro de todas as coisas, o antropocentrismo, "o homem ser o centro do pensamento filosófico", excluindo a ideia de "Deus no centro do pensamento filosófico". Tal teoria era diversa do ensinamento bíblico medieval, que aniquilava o homem comum, porém "exaltava" Deus e o Clero (este quase que no mesmo patamar de divindade – se não fosse acima do próprio Deus). Com isso, o homem afastado de Deus e dos princípios bíblicos procurava atender as demandas e necessidades do coração, seguindo o que a intuição mandava. O problema é que a maioria das vezes dava com "os burros n'água".
O Evangelho contemporâneo associa a razão com a devoção, ensinando que Deus não interfere no livre-arbítrio (livre-agência) do homem. Contudo, traz a responsabilidade e consequências dos atos praticados para o próprio homem. Assim, como equacionar essa situação? A palavra que sempre foi rechaçada pelo Humanismo – FÉ. Como a fé desenvolve-se neste contexto, ou seja, de realizar seguindo ou não o coração? Simples, e simultaneamente complexo quando se vê pela ótica do racional-devocional. Explico: primeiramente, entender que Deus deve está no centro da vontade humana e que dá liberdade de escolhas ao homem. Compreender que Deus está no controle de todas as coisas. Persistir em colocar na mão de Deus todas as coisas e o deixar assumir o controle de sua vida, escolhas e vontade. Isso não implica cruzar os braços e pronto… Apertei o botão de comando e Deus faz tudo. Não é assim que funciona, não é mágica, é a fé em ação. Enquanto, colocamos Deus na frente de nossos projetos, trabalhemos, façamos a nossa parte. Sem deixar de buscá-lo em oração e meditação da Palavra. Considerar que Deus não é obrigado a fazer o que você quer. E sim aquilo que está na vontade dEle. Entender que os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos e nem os caminhos de Deus são os nossos caminhos no dizer do profeta Isaías 55.8,9. Perceber que se fizéssemos sem a orientação do Senhor a probabilidade de erros seriam maiores, como grandes as consequências. É o que acontecem com aqueles subestimam o poder de agir de Deus, e se colocam à Sua frente e fazem o que acham que está certo, seguindo o seu coração. Os bens da vida são bons, porém, "onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração". (Mateus 6.21) Este princípio bíblico vale para tudo.
Concluindo, Deus não é egoísta que não quer que ninguém seja feliz, ou não realize os sonhos, os projetos. Ao contrário, Ele mesmo inspira o salmista a escrever: "Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração." (Salmo 37.4). Então cuidado em seguir o seu coração. Siga a vontade do Senhor mostrada na Bíblia Sagrada e seja feliz.
Medite: "Não se desvie para os seus caminhos, o teu coração, e não andes perdido nas suas veredas" [Pv 7.25]
"A solicitude no coração do homem o abate, mas uma boa palavra o alegra". [Pv 12.25]
"[...] pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca." (Mt 12.34b)
É isso!!!