A POLÍTICA
NAUSEANTE DO SISTEMA ECLESIÁSTICO.

Vamos combinar: o sistema político-eleitoral das convenções ou dos concílios eclesiásticos, está se tornando nauseante, principalmente, no que tange a escolha da liderança eclesiástica maior, seja em nível regional ou nacional. Em todas as representações denominacionais evangélicas há graves problemas nos itens: gestão administrativa e fome de poder. Evidente que cada convenção ou concílio tem o seu sistema para eleição do presidente e da mesa diretora e forma de governo estatutário. Bem... Parafraseando o Divino Mestre: onde reside o poder ali está o coração do homem.
Fico me perguntando, o que pessoas que se dizem despenseiros de Deus, independente da denominação, não fazem para se manterem no poder, assentados na cadeira do meio ou a cátedra mais alta das mesas diretoras de convenções e concílios. E os acordos, os conchavos, os encontros, as fachadas fraudulentas, as gestões administrativo-financeiras mascaradas e os escândalos que surgem em decorrência da malversação do erário eclesiástico. Já dizia o filósofo: "dê o poder ao homem e saberás quem é este homem!" A situação é caótica; tudo por causa de status e manejo financeiro.
Não quero dizer com isso, que o sistema do sacro colégio cardinalício romano não tem, também, as suas graves dificuldades. É claro que existem os acordos, os conchavos, o desejo do poder! Afinal assentar-se no “trono de Pedro” é governar praticamente o mundo.
O Conclave Católico se reúne no Vaticano a portas fechadas (o último, em 2005, com pouco mais de 160 cardeais votantes). Os cardeais são mantidos em total isolamento do mundo exterior: não podem usar telefone, internet, receber jornais, ver televisão, etc. Contudo, certamente que entre eles, há uma costura política, para a indicação do Sumo Pontífice. Mesmo que haja uma pausa para orações para a eleição. Além das fontes informativas católicas, a leitura do livro “As Sandálias do Pescador”, de Morris Westt dá uma ideia geral dos bastidores do Conclave.
Entre as convenções e concílios evangélicos, salvo raríssimas exceções, a campanha eleitoral em nada difere da partidária secular e, às vezes, com tons mais venenosos, a ponto de se atacar a moral e a dignidade dos candidatos para que, a qualquer custo e não importa como, o candidato A ou B chegue ao pódio do poder eclesiástico. Chegam às raias da falta do respeito humano, sem dizer o espiritual, isto é, são pares que se digladiam, ferindo princípios e noções do sacerdócio bíblico eclesiástico e da ética ministerial, afrontando franca e deliberadamente a unção espiritual que está sobre todos os ministros do Evangelho participantes. Infelizmente, a situação não fica só entre os candidatos, contaminam também, correligionários, simpatizantes e partidários. Ah... Sem contar os "santinhos", "profetinhas", bottons e bandeiras; cabos, sargentos e até coronéis eleitorais. É notoriamente execrável. Mas, o pior mesmo, é o coronelismo hereditário. como se fosse terras de café, fazendas de gado. As coisas perderam o rumo. O trem desgovernou faz tempo.
Pensar que isso vai mudar é utopia; faz parte da história do poder. A menos que, mude a mentalidade dos ministros mais novos, E estes sejam comprometidos com o Reino de Deus, busque-o em oração com um coração contrito, que sejam desvencilhados do cordão umbilical do sistema nepotista e coronelista religioso evangélico.
Sobretudo, que os novos ministros que estão chegando devolvam a glória que é somente de Cristo Jesus e sejam tementes ao Rei e Senhor do Reino Eterno. E que tenham também, um desejo ardente pela proclamação do Evangelho no País e no mundo. Pois, com toda sinceridade, não é assim que está ocorrendo; não é assim que os “velhos caciques” já empoeirados e entenebrecidos pelo status quo do poder, estão procedendo, atualmente. Entretanto, para isso, os novos ministros chegantes, precisam colocar o “nome na praça”, serem corajosos, audaciosos, intimoratos, sem arrogância e pretensões espúrias.
O sistema político
eclesiástico está bem longe daquilo que lemos sobre os apóstolos de Cristo no
livro de Atos, quando do primeiro concílio em Jerusalém: "Pareceu bem ao Espírito
Santo e a nós…" E, ao final, uma oração elevada aos Céus, pela certeza
de que foi feita a VONTADE de Deus. É o que penso. Oremos, pois irmãos!
4 comentários:
A Paz de Cristo,
Pr. Ezequiel
Vim agradecer e retribuir a visita, estou participando do seu blog com todo amor em Cristo.
Que postagem excepcional, relata a realidade das nossas igrejas infelizmente!
A Igreja de Atos seria a Igreja dos sonhos de Deus, mas o que vemos é uma competição sem tamanho.
Alguns dirigentes perderam o foco, e desviaram-se do Chamado, a preocupação dos mesmos está ligada a arrecadação (dízimos) e não a vida espiritual de suas ovelhas.
Oremos para que Deus tenha misericórdia de seu povo e mude esta situação, para que o Senhor Jesus possa vir buscar a Sua Igreja!
"PORQUE JÁ É TEMPO QUE COMECE O JULGAMENTO PELA CASA DE DEUS; E, SE PRIMEIRO COMEÇA POR NÓS, QUAL SERÁ O FIM DAQUELES QUE SÃO DESOBEDIENTES AO EVANGELHO DE DEUS ?"
I Pedro 4. 17
Que o Senhor Jesus, na pessoa do Espírito Santo continue te usando com poder e grande glória.
Em Cristo,
***Lucy***
A Paz do Senhor,
A lucidez de suas palavras tocou-me profundamente.
Contemplo que estou no blog de um Atalaia por excelência.
Deixo o convite para conhecer meu humilde blog.
Sou iniciante na blogosfera e muito me alegraria, tê-lo como seguidor.
Já te seguindo...
Um forte abraço,
Ir. Renato
Sentindo sua falta no Facebook!
Abraços!
Rev. Geremias Couto estou recolhido um pouco para me dedicar aos estudos para a exame da OAB e outro Concurso Público que desejo fazer e se for da vontade do SENHOR, teremos exito.
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