23 de jan. de 2013

A POLÍTICA NAUSEANTE DO SISTEMA ECLESIÁSTICO


A POLÍTICA NAUSEANTE DO SISTEMA ECLESIÁSTICO.



Vamos combinar: o sistema político-eleitoral das convenções ou dos concílios eclesiásticos, está se tornando nauseante, principalmente, no que tange a escolha da liderança eclesiástica maior, seja em nível regional ou nacional. Em todas as representações denominacionais evangélicas há graves problemas nos itens: gestão administrativa e fome de poder. Evidente que cada convenção ou concílio tem o seu sistema para eleição do presidente e da mesa diretora e forma de governo estatutário. Bem... Parafraseando o Divino Mestre: onde reside o poder ali está o coração do homem. 

Fico me perguntando, o que pessoas que se dizem despenseiros de Deus, independente da denominação, não fazem para se manterem no poder, assentados na cadeira do meio ou a cátedra mais alta das mesas diretoras de convenções e concílios. E os acordos, os conchavos, os encontros, as fachadas fraudulentas, as gestões administrativo-financeiras mascaradas e os escândalos que surgem em decorrência da malversação do erário eclesiástico. Já dizia o filósofo: "dê o poder ao homem e saberás quem é este homem!" A situação é caótica; tudo por causa de status e manejo financeiro. 

Não quero dizer com isso, que o sistema do sacro colégio cardinalício romano não tem, também, as suas graves dificuldades. É claro que existem os acordos, os conchavos, o desejo do poder! Afinal assentar-se no “trono de Pedro” é governar praticamente o mundo. 

O Conclave Católico se reúne no Vaticano a portas fechadas (o último, em 2005, com pouco mais de 160 cardeais votantes). Os cardeais são mantidos em total isolamento do mundo exterior: não podem usar telefone, internet, receber jornais, ver televisão, etc. Contudo, certamente que entre eles, há uma costura política, para a indicação do Sumo Pontífice. Mesmo que haja uma pausa para orações para a eleição. Além das fontes informativas católicas, a leitura do livro “As Sandálias do Pescador”, de Morris Westt dá uma ideia geral dos bastidores do Conclave.

Entre as convenções e concílios evangélicos, salvo raríssimas exceções, a campanha eleitoral em nada difere da partidária secular e, às vezes, com tons mais venenosos, a ponto de se atacar a moral e a dignidade dos candidatos para que, a qualquer custo e não importa como, o candidato A ou B chegue ao pódio do poder eclesiástico. Chegam às raias da falta do respeito humano, sem dizer o espiritual, isto é, são pares que se digladiam, ferindo princípios e noções do sacerdócio bíblico eclesiástico e da ética ministerial, afrontando franca e deliberadamente a unção espiritual que está sobre todos os ministros do Evangelho participantes. Infelizmente, a situação não fica só entre os candidatos, contaminam também, correligionários, simpatizantes e partidários. Ah... Sem contar os "santinhos", "profetinhas", bottons e bandeiras; cabos, sargentos e até coronéis eleitorais. É notoriamente execrável. Mas, o pior mesmo, é o coronelismo hereditário. como se fosse terras de café, fazendas de gado. As coisas perderam o rumo. O trem desgovernou faz tempo.

Pensar que isso vai mudar é utopia; faz parte da história do poder. A menos que, mude a mentalidade dos ministros mais novos, E estes sejam comprometidos com o Reino de Deus, busque-o em oração com um coração contrito, que sejam desvencilhados do cordão umbilical do sistema nepotista e coronelista religioso evangélico.

Sobretudo, que os novos ministros que estão chegando devolvam a glória que é somente de Cristo Jesus e sejam tementes ao Rei e Senhor do Reino Eterno. E que tenham também, um desejo ardente pela proclamação do Evangelho no País e no mundo. Pois, com toda sinceridade, não é assim que está ocorrendo; não é assim que os “velhos caciques” já empoeirados e entenebrecidos pelo status quo do poder, estão procedendo, atualmente. Entretanto, para isso, os novos ministros chegantes, precisam colocar o “nome na praça”, serem corajosos, audaciosos, intimoratos, sem arrogância e pretensões espúrias. 

O sistema político eclesiástico está bem longe daquilo que lemos sobre os apóstolos de Cristo no livro de Atos, quando do primeiro concílio em Jerusalém: "Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós…" E, ao final, uma oração elevada aos Céus, pela certeza de que foi feita a VONTADE de Deus. É o que penso. Oremos, pois irmãos!

4 comentários:

Lúcy Jorge disse...

A Paz de Cristo,

Pr. Ezequiel

Vim agradecer e retribuir a visita, estou participando do seu blog com todo amor em Cristo.

Que postagem excepcional, relata a realidade das nossas igrejas infelizmente!

A Igreja de Atos seria a Igreja dos sonhos de Deus, mas o que vemos é uma competição sem tamanho.
Alguns dirigentes perderam o foco, e desviaram-se do Chamado, a preocupação dos mesmos está ligada a arrecadação (dízimos) e não a vida espiritual de suas ovelhas.

Oremos para que Deus tenha misericórdia de seu povo e mude esta situação, para que o Senhor Jesus possa vir buscar a Sua Igreja!

"PORQUE JÁ É TEMPO QUE COMECE O JULGAMENTO PELA CASA DE DEUS; E, SE PRIMEIRO COMEÇA POR NÓS, QUAL SERÁ O FIM DAQUELES QUE SÃO DESOBEDIENTES AO EVANGELHO DE DEUS ?"
I Pedro 4. 17

Que o Senhor Jesus, na pessoa do Espírito Santo continue te usando com poder e grande glória.

Em Cristo,

***Lucy***

Unknown disse...

A Paz do Senhor,

A lucidez de suas palavras tocou-me profundamente.
Contemplo que estou no blog de um Atalaia por excelência.

Deixo o convite para conhecer meu humilde blog.
Sou iniciante na blogosfera e muito me alegraria, tê-lo como seguidor.
Já te seguindo...

Um forte abraço,
Ir. Renato

Pastor Geremias Couto disse...

Sentindo sua falta no Facebook!

Abraços!

Unknown disse...

Rev. Geremias Couto estou recolhido um pouco para me dedicar aos estudos para a exame da OAB e outro Concurso Público que desejo fazer e se for da vontade do SENHOR, teremos exito.